LIBERAÇÃO DO INSTITUTO ROYAL – BRASIL

imagem: reprodução Internet

Na madrugada do dia 17 para o dia 18 de outubro de 2013, aconteceria a maior liberação de animais de laboratórios do mundo (beagles e coelhos): a liberação do Instituto Royal em São Roque, SP. Eis um relato forte e emocionante, contado pela principal ativista daquela noite, e nossa amiga, Adriana Greco.


O Instituto Royal já estava na mira de ativistas da causa animal deste 2011, onde haviam tentado sem sucesso, entrar no local afim de verificar as condições dos animais usados para fins científicos. O tempo passa e já em setembrode 2013, acontece um 2°manifesto, pois o « laboratório » não tinha licença do CONCEA para funcionar. A licença só foi concedida naquele mesmo mês, provavelmente para « acalmar » os ânimos dos defensores da causa animal que já haviam percebido que ali não se praticava exatamente ciência…
Em outubro de 2013, na madrugada do dia 10 para o dia 11, a ativista Ariana Greco com outros ativistas se acorrentam na entrada do Royal, e ficaram se revezando até madrugada do 17 para o dia 18, que é quando acontece a invasão para a retirada dos animais. O ato começa a ganhar força nas redes sociais da época (Facebook) e a opinião pública começa a se manifestar, inclusive indo até o local, ajudando as ativistas Adriana Greco e Adriana Khouri, que haviam iniciado uma greve de fome.
Num primeiro contato com a diretora do Royal, Silvia Ortiz, ela disse não ter poder deixar os ativistas entrarem, pois o laboratório era c »ompletamente estéril e com normas de higiene extremamente exigentes », necessitando inclusive roupa de proteção química (esta declaração caíria por terra quando o Royal foi invadido, pois o local era insalubre, fedia a carniça de beagles mortos e os animais estavam em condições de maus tratos extremos). Políticos e uma grande influenciadora da causa animal chegam até o Laboratório, que a esta altura já estava sendo notícia em todos os jornais.
Depois de várias tentativas em vão dos ativistas entrar no laboratório e ver o estado dos animais, e com a força crescente do movimento nas redes sociais e opinião pública, começam a circular informações de que os funcionários iriam « limpar » provas afim de deixar os ativistas e alguns representantes entrarem e encontrarem um ambiente « limpo e profissional », como a diretora havia preconizado, e « limpar provas » consistia em se « desfazer » dos beagles. Começou um movimento anormal de entra e sai de pessoas que não trabalhavam todos os dias no laboratório. Os beagles começam a gritar, como se algo estivesse acontecendo lá dentro.
Adriana Greco e Adriana Khouri, até então sozinhas na frente do Instituto começam a pedir ajuda, e centenas de pessoas do Rio, São Paulo, Curitiba começam a chegar.
Sem nenhum planejamento, mas com o intuito de salvar os animais pedindo por socorro, ativistas conseguem na madrugadado dia 17 para o dia 18 de outubrode 2013, finalmente, entrar nas instalações do Instituto Royal e as cenas de horror eram reais: animais em situações de extremo maus tratos, falta de higiene, cheiro de carne podre, beagles e outros animais sofrendo com procedimentos antes realizados e morrendo as mínguas…. numa corrente humana, centenas de pessoas começaram a retirar os beagles, assim como havia acontecido um ano antes na Itália, com os beagles da Green Hill (temos post deste caso aqui no site).


Esta foi a maior liberação de beagles de laboratórios do mundo. Um movimento iniciado por ativistas que provocaram uma grande discussão no Brasil inteiro sobre ciência X testes em animais X direitos dos animais X ética científica.
Mesmo que ainda testes sejam realizados no país, é inegável que este episódio abriu brechas para leis mais modernas, e a população brasileira conheceu a triste realidade dos animais de laboratórios. Até hoje se fala do Royal, até hoje leis estão sendo criadas e aperfeiçoadas, e temos a certeza de que o Brasil está participando desta modernização da ciência com relação ao uso de animais em protocolos de testes, começando a reconhecer NAM’S como métodos mais seguros e éticos. Ciência também dever ser ética e respeitosa com relação aos animais.

E a liberação do Instituto Royal tem tudo a ver com isto.


♡ Nós entramos para a causa em 2014 graças a este episódio, sem ele, provavelmente nunca teríamos conhecido a realidade destes animais. E gostaríamos de agradecer a maior ativista da causa animal do Brasil, Adriana Greco, que nos concedeu todas essas informações preciosas e fotos maravilhosas a respeito desta liberação. Para nós é um grande privilégio podermos beneficiar de todo o seu conhecimento e amor pelos animais. Em 2013, Adriana foi condecorada como a maior ativista do mundo pelo Tilikum Awards, e hoje, além de se envolver em muitas outras causas, também cuida com muito amor de Luigi (ou Gigi), um dos mais de 150 beagles resgatados naquela madrugada que entrou para a história da causa animal do Brasil e do mundo.

Luigi, o Gigi, um dos beagles resgatados do Royal, hoje vive feliz da vida com sua tutora Adriana Greco.


« Até que todas as jaulas sejam abertas. »
Convidamos vocês a conhecerem o trabalho da Adriana no Instagram: @grecodri

Se informar. Legislar. Propagar a causa.
Até que todas as jaulas sejam abertas.’

imagens: cortesia Adriana Greco


♡Não exite em compartilhar este post com seus contatos, muita gente desconhece a realidade dos animais de laboratórios.
♡ Aplicativos (Android & Apple) que nos ajudam saber quais marcas testam ou não: 🔸️ »Cruelty Cutter » do Beagle Freedom Project/🔸️ « Choose Cruelty Free » da Cruelty Free International /🔸️ « Bunny Free » da PETA.
♡ Nossas outras redes: Instagram: /moleque_bisteca • Facebook: /molequebisteca